terça-feira, 29 de maio de 2012

Seleção Portuguesa: A minha análise (Publicada no Jornal 10)


A seleção Portuguesa tem mostrado nestes últimos anos uma regularidade competitiva, que lhe permite chegar a este campeonato europeu como uma das equipas mais respeitadas da competição.

Talvez pela triste campanha na fase de qualificação e por muitas dúvidas em relação a este novo ciclo Paulo Bento, não se considere a seleção das quinas como uma das principais favoritas. Portugal, a quinta classificada no ranking FIFA, é vista pelos apostadores como a sétima equipa favorita a conquistar o troféu.

Analisando a lista de 23 jogadores existem poucas surpresas, o selecionador nacional leva ao campeonato europeu os jogadores em quem mais confia, independentemente do seu rendimento esta época.

Surpresas na lista de convocados
Custódio, Miguel Lopes e Nelson Oliveira são as grandes e agradáveis surpresas na lista de convocados. Os jogadores do Sporting de Braga tiveram uma boa prestação na liga portuguesa e encaixam-se perfeitamente nas necessidades da seleção nacional. O jovem do Benfica tem aqui uma excelente oportunidade para crescer e conquistar uma posição na seleção, tendo em vista futuras competições.

A chamada do médio Custódio reforça o setor defensivo e garante a Paulo Bento um jogador com caracteristícas impares nesta lista de convocados, bom jogo aéreo, atitude, forte fisicamente e com uma capacidade tática bem apurada. O técnico português conhece bem o jogador vimaranense dos tempos em que treinava o Sporting e considera-o uma mais valia no meio campo principalmente num estilo de jogo mais defensivo.

O defesa direito Miguel Lopes teve um excelente rendimento ao longo da fase final da época, é um jogador forte no posicionamento tático, com exibições regulares e com alguma polivalência. Assegura assim uma solução para substituir João Pereira no lado direito e até mesmo Fábio Coentrão no lado esquerdo.
Neste setor a surpresa foi exclusão de Nélson e Eliseu, o jogador do Betis, que foi chamado para a última convocatória no jogo contra a Polónia, teve uma época mais irregular e chumbou no teste de Varsóvia onde não se conseguiu impor e dar garantias a Paulo Bento. Eliseu fez a sua melhor época de sempre e foi um jogador importantíssimo para Pellegrini. Talvez fosse o jogador que mais merecesse estar entre os convocados.

Finalmente a última surpresa, Nélson Oliveira, ponta de lança com excelente margem de progressão, rápido e forte fisicamente, foi no último mundial Sub-20, um dos melhores jogadores do torneio e é considerado por muitos uma grande promessa para o futebol português. Esta época conseguiu golos importantes e exibições simpáticas que o obrigam a uma presença mais assídua na próxima temporada. É um jogador que a ser utilizado, pode dar alguma frescura na frente de ataque e impor ideias novas no último setor.

Caso Hugo Viana
O que surpreendeu nesta convocatória, foi a explicação dada por Paulo Bento e a falta de coerência em relação à ausência de Hugo Viana. Começou por dizer que era um jogador que não se adequava ao estilo de jogo português e acabou convocando o médio do Braga após lesão de Carlos Martins.
O jogador barcelense tem qualidade para jogar na seleção e em qualquer estilo de jogo. É um jogador com excelente pé esquerdo, que consegue organizar o jogo de toda uma equipa, seja lançando em profundidade, seja em estilo de posse de bola com passes a rasgar a defesa. Bem vindo Hugo Viana!

Paulo Bento confia nos soldados de sempre
Nos restantes jogadores selecionados, não houve surpresas, tendo em conta as habituais listas de convocados do selecionador nacional.

Baliza: Rui Patrício, Beto e Eduardo. O jogador do Sporting teve uma época regular em todas as competições e será o justo titular da equipa portuguesa. Beto, campeão da Roménia pelo Cluj, será a segunda opção. O jogador de 30 anos emprestado pelo FC Porto ao clube romeno jogou 27 jogos pela sua equipa e sofreu 24 golos. Eduardo jogou pouco pelo Benfica e será certamente a terceira opção do técnico luso. O seu caminho desde o último mundial até este europeu foi recheado de turbulência e más decisões que o levaram a um regresso desesperado ao campeonato português, após uma má experiência no Génova de Itália.

Defesa: Este setor apresentará poucas surpresas em relação aos titulares, João Pereira no lado direito, Pepe e Bruno Alves como centrais e Fábio Coentrão no lado esquerdo.
Para cobrir estas posições, Ricardo Costa, M. Lopes e Rolando. O jogador do Valencia terminou bem a época e dos apenas 12 jogos presentes na liga espanhola, cumpriu e foi bastante regular. Já o jogador do FC Porto, terminou a época menos bem e poucas vezes como titular o que deixa algumas dúvidas em relação ao seu momento de forma.

Meio Campo: Custódio e Miguel Veloso serão os responsáveis pela sala de máquinas, sendo quase certa a titularidade do médio do Génova que teve uma época bastante complicada, com a sua equipa a terminar como pior defesa da Serie A e a poucos pontos da descida.
A responsabilidade na ligação defesa ataque, vai para dois jogadores bastante moralizados pelo que conseguiram este ano, Raul Meireles e João Moutinho deverão ser os titulares. No banco e preparados para entrar estarão Hugo Viana e R.Micael. A chamada do médio madeirense justifica-se por ser talvez o jogador com mais caraterísticas de número 10. A ausência de um jogador com essas caraterísticas pode causar alguns problemas, principalmente num estilo de jogo de posse de bola. Carlos Martins era o jogador que mais se aproximava dessa posição, mas infelizmente foi obrigado a abandonar o estágio devido a uma lesão muscular.

Ataque: Nani e C.Ronaldo, nomes indiscutíveis para o onze inicial, jogarão nas alas e serão os grandes responsáveis por criar desiquilibrios e aparecer na zona de finalização. Soluções? Quaresma e Varela, que chegam a este europeu um pouco em baixo de forma. Esperemos que não se faça notar a ausência de Danny, jogador que se lesionou gravemente no joelho direito, e que tem pela frente 5 largos meses de recuperação.

Finalmente os matadores, uma posição representada por H.Postiga, H.Almeida e o jovem N.Oliveira. O vila-condense leva vantagem na titularidade, marcou 9 golos em 33 jogos, e teve uma presença assídua e um papel importante no ataque do Saragoça. Já Hugo Almeida, conseguiu marcar 13 golos em 34 jogos ao serviço do Besiktas e é sempre uma boa opção.
É verdade que não são considerados grandes matadores, mas principalmente N.Oliveira e H.Postiga sabem como ser jogadores chave e levar a seleção à final de uma grande competição.

Táticamente: Portugal jogará com o habitual 4-1-2-3 desdobrado no ataque em 2-1-4-3 com apoio constante dos laterais e presença exporádica de um médio atacante na zona de finalização. Um estilo de jogo muito próprio que a nível ofensivo exige velocidade e  criatividade nas alas, e a nível defensivo, exige velocidade dos centrais nas dobras às costas dos laterais.

Figura da equipa 
Cristiano Ronaldo considerado por muitos o melhor jogador do mundo, chega a este europeu com números absolutamente impensáveis, 60 golos em 55 jogos sendo eleito melhor jogador da liga espanhola. Com uma boa prestação no europeu, poderá quebrar todas as dúvidas em relação à atribuição da bola de ouro.

Conclusão
Portugal é uma equipa que poderá causar muitos problemas aos adversários se sair rápido na transição defesa ataque e se as alas funcionarem. É uma seleção madura, com algumas debilidades é certo, mas mesmo no grupo da morte tem hipóteses de ir longe. Força Portugal!

domingo, 20 de maio de 2012

Final da Liga dos Campeões: A minha crónica

Assistimos ontem a mais uma emotiva final da mais prestigiada prova de clubes da UEFA. O Chelsea venceu o Bayern de Munique e conquistou assim a sua primeira liga dos campeões através da marca de grandes penalidades, após o empate a 1 golo durante os 120 minutos.

Ontem, ficou mais uma vez demonstrado que neste desporto, nem sempre a melhor equipa vence. Talvez não tenha sido justa a vitória do Chelsea nesta edição da liga dos campeões, mas pelo que tem feito nestes últimos 8 anos na Europa, pela final perdida em Moscovo, pelas semifinais perdidas, uma delas injustamente, e pela regularidade desta geração de jogadores nas provas europeias, penso que se faz justiça. 
Esta geração de jogadores (Cech, Terry, Lampard, Drogba…), os melhores na história do Chelsea, mereciam incluir no seu currículo, pelo menos uma liga dos campeões. No mesmo sentido digo, que os jogadores do Bayern caminham a passos largos para essa merecida vitória, pelo que fizeram este ano, pela sua regularidade e pelo aumento claro na qualidade de jogo de ano para ano.


Onze Inicial
Bayern de Munique: Neuer, Lahm, Boateng, Tymoshchuk, Contento, Schweinsteiger, Kroos, Robben, Muller (85’ Van Buyten), Ribery (96’ Olic) e Gomez.


Chelsea: Cech, Cole, Cahill, D. Luiz, Bosingwa, Mikel, Lampard, Bertrand (72’ Malouda), Kalou (83’ Torres), Mata e Drogba.


História do jogo
Quanto ao estilo de jogo das duas equipas, não houve surpresas, um Bayern dominante, com muitas ocasiões de golo, com alas bastante criativas, maior posse de bola (58%) e um maior número de remates à baliza (43) e ocasiões de golo. Por seu lado, os ingleses jogaram com o estilo previsto, bem defensivamente, muito solidários nas dobras, cortando linhas de distribuição à equipa alemã e espreitando sempre o erro do adversário, tentando sem sucesso um contra ataque rápido e directo.

Com uma história de jogo constante, o domínio do Bayern e as diversas ocasiões de golo iniciais, davam a ideia de uma rápida abertura no marcador, mas tal não aconteceu, isto porque, a prestação do guarda-redes P. Cech, a grande exibição dos defesas e do médio de apoio O. Mikel, foram adiando o golo até ao minuto 83’, quando Muller com um cabeceamento de cima para baixo, bate o checo e faz justiça no marcador.


Após o golo alemão, assistimos a um erro crasso do técnico do Bayern, que analisarei mais à frente.


A partir do golo de Muller, a história muda pouco, mas o suficiente para que Drogba aos 88’, com um cabeceamento que mais parecia um remate com o pé, fuzila Neuer e iguala a partida, forçando assim o prolongamento.
No prolongamento, a mesma história, um Bayern recheado de oportunidades de golo, sendo a melhor ocasião, o penalti de Robben defendido por Cech. Neste lance, Ribery foi derrubado na área pelo marfinense Drogba, abandonando mesmo o jogo por lesão. Esta lesão, intensifica ainda mais o tal erro de Heynckes do minuto 85’.


Na lotaria das grandes penalidades, o Chelsea foi mais feliz e conseguiu 4 golos contra os 3 dos alemães. Mata falhou para o Chelsea, e Schweinsteiger e Olic falharam para o Bayern.

  
O tanque alemão contra o muro inglês e o medo de Heynckes na recta final.
Já aqui contamos a história do jogo, e concluímos que o Bayern morre nesta final pela falta de eficácia e concentração nos momentos chave. Nada contra o onze de Heynckes, um onze ofensivo com a entrada de Muller por L. Gustavo, Contento por Alaba e Tymoshchuk por Badstuber. Obriga à descida de Kroos para o meio campo, colocando Muller no apoio central a Gomez. Na minha opinião, o Bayern com esta estrutura, não perdeu nada a nível defensivo, perdeu sim a nível ofensivo, as 3 ausências habituais, dão mais profundidade e qualidade ao jogo alemão na hora de distribuir e criar desequilíbrios. Com L. Gustavo em campo, os alemães ganham mais apoio ofensivo, com um talentoso Kroos mais solto e mais dinâmico.
Taticamente perfeito, 4-2-3-1, desdobrado num 4-1-3-2 com Muller a aparecer bastante na zona de finalização.

O erro que gostaria analisar, ocorre ao minuto 85’, minuto em que Heynckes substitui o avançado Muller pelo central belga V. Buyten. Neste tipo de jogos, principalmente a 5 minutos de um possível prolongamento e com vantagem mínima, sou sempre contra este tipo de substituições.

E sou contra porque naquele momento não era necessário, Muller estava bem, estava moralizado, e o Chelsea mesmo com a entrada de Torres não tinha criado perigo. Ainda pior quando no início do prolongamento se lesiona Ribery, neste momento, o Bayern fica a depender apenas de um cansado Robben, visto que Olic (entrou por Ribery) não é jogador para criar desequilíbrios no 1 para 1, principalmente nas alas.

Logicamente que o Bayern não perde o jogo por esse erro, mas estou convencido que ganharia mais poderio ofensivo e quem sabe chegasse ao segundo golo ainda antes dos 90 minutos, devido à obrigatória abertura do estilo de jogo inglês.


Di Matteo e a surpresa no onze
A análise da equipa inglesa começa com a grande surpresa no onze, Bertrand, este jogador de 22 anos, estrou-se nesta edição da liga dos campeões, e nada melhor que na grande final. Nem comprometeu, nem convenceu, cumpriu as ordens do treinador Italiano, estancou bem as investidas de Lahm e ajudou Cole com Robben.

A táctica de 4-4-1-1 desdobrada muito poucas vezes em 4-2-3-1, tinha como objetivo ter dois médios alas fisicamente fortes para aguentar as investidas dos jogadores alemães e ao mesmo tempo partirem rápido para o contra ataque.

A entrada de Kalou e Bertrand para as alas tinha apenas um objetivo, estancar a investida alemã e na minha opinião nada mais, não vejo que pudessem melhorar o jogo ofensivo nem tão pouco criar desequilíbrios no ataque.


Um jogo complicado para a equipa de Londres, que na minha opinião defendeu com muita qualidade, mas que fez pouco para merecer ganhar o jogo.

  
Árbitro
Boa prestação de Pedro Proença e dos seus quatro acompanhantes. Português de 41 anos e consultor financeiro de profissão, esteve bem durante todo o encontro, portanto, nota 8/10 tanto disciplinarmente como tecnicamente.


Jogadores em destaque
Drogba sem dúvida o homem do jogo, pelo golo e pelo ultimo e decisivo penalti. Uma palavra também para toda a defesa londrina e para o guarda redes Cech que estiveram acima da média.
Do lado do Bayern, o indiscutível Schweinsteiger. Fantástico, tanto no apoio às alas como aos defesas, em grande forma foi o responsável por um Bayern pressionante e ambicioso.


Lance chave: Penalti falhado por Robben
Numa fase em que se notava o erro de Heynckes, com a equipa mais lenta na transição de bola, Ribery consegue furar a defesa alemã e é rasteirado por Drogba. Ponto chave, visto que já se notava algum cansaço na equipa alemã, Com o falhanço de Robben, os alemães caíram animicamente e fisicamente.

  
Curiosidade
O Chelsea é a quinta equipa inglesa a ganhar esta competição, após Nottingham Forest, Manchester United, Liverpool e Aston Villa, sendo este país o único a ter 5 vencedores da mais prestigiada competição europeia de clubes. 5 vencedores de cinco cidades distintas mostra a força e a qualidade do futebol inglês.
Com esta vitória do Chelsea, o Braga passa diretamente à fase de Playoff da Liga dos Campeões 2012-2013 recebendo de imediato 2.1 milhões de euros. Quem perde é o Tottenham, quarto classificado na premier league, que é directamente empurrado para a liga Europa.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Final da Liga Europa: A minha previsão

Esta quarta-feira joga-se na Roménia, a final da Liga Europa, e se há um ano Portugal era rei e senhor da competição com dois representantes na final, este ano é a vez da Espanha. O encontro entre Atlético de Madrid e Athletic de Bilbao está marcado para as 19:45 na espectacular arena de Bucareste.

O equilíbrio táctico e técnico entre ambas as equipas, misturado com o desequilíbrio estatístico, fazem desta final um encontro imperdível para quem se alimenta de bom futebol. Vejamos então se vos convenço… 

Sentem-se no sofá e desfrutem da batalha entre os melhores ataques da competição. Ainda se lembram de Radamel Falcão? Pois bem, é o líder da banda de goleadores com 10 golos e o máximo goleador de sempre da Liga Europa com 27.
Se o avançado colombiano é uma ameaça, Fernando Llorente também o é, o espanhol apontado como grande candidato à titularidade na selecção espanhola, está na sua melhor forma e segundo o seu treinador Marcelo Bielsa, esta tem sido sem dúvida a sua melhor época de sempre.
Bem, avançados já temos, velocidade nas alas também, as defesas possuem um índice de permeabilidade médio, portanto, um jogo que promete golos. Quanto ao ambiente para este jogo, não há dúvidas, frente a frente as duas melhores “aficiones” espanholas com mais de 50000 pessoas presentes.

As estatísticas e o historial desequilibram a balança e favorecem a equipa de Madrid, mas estamos perante uma final europeia e frente a frente vão estar duas equipas bastante irregulares e defensivamente vulneráveis, pessoalmente aposto num jogo bastante equilibrado, decidido nos detalhes, aberto e com golos.

Bielsa “el comandante”
O treinador argentino deverá apresentar-se em Bucareste com o seu onze de gala. Sem nenhum castigado, o argentino colocará em campo o guarda-redes Iraizoz, os defesa, Iraola, Amorebieta, J. Martinez e Aurtenetxe, apoiados por Iturraspes e Ander Herrera na sala das máquinas. No meio campo ofensivo, o criativo De Marcos jogará como médio interior de apoio aos 3 atacantes, Susaeta, Muniain e a figura da equipa F. Llorente. A grande dúvida está na titularidade de Muniain, mas ao que parece o jovem craque recuperou da lesão e estará apto para a grande final.
Tacticamente, o já conhecido 4-3-3 desdobrado num 4-2-3-1 bem aberto nas alas.Quanto ao seu estilo de jogo, nada novo, tentará ser rei na posse de bola pressionando as primeiras linhas do Atlético de Madrid.

A chegada de “El Cholo” Simeone
Foi sem duvida o ponto-chave nesta temporada atribulada do Atlético, a chegada do treinador e ex-jogador argentino a Manzanares, trouxe garra, atitude, e rigor táctico, fazendo com que os adeptos pudessem voltar a sonhar, salvando uma época que a meados de Dezembro se previa, desastrosa.
Quanto ao onze, já sabemos que não poderemos contar com Tiago, o português está castigado e perderá assim a final. Sendo assim, a grande duvida paira sobre o meio campo defensivo e sobre os defesas centrais, na minha opinião, jogará Juan Fran a lateral direito, Miranda e Godín no centro da defesa e F. Luís a lateral esquerdo. No apoio à defesa, Mário e Gabi são os grandes candidatos, relegando assim o nosso conhecido Assunção para o banco. Ofensivamente, nomes que dispensam apresentação, Diego a organizador de jogo, com Adrían e A. Turan no apoio a Falcão. 
Táctica habitual, 4-2-3-1, passando algumas vezes para um 4-1-3-2, bem fechado no miolo do terreno e aproveitando saídas rápidas com Falcão e Adrían.
Quanto ao estilo de jogo, o habitual, defensivamente bem fechado, bastante apoiado e ofensivamente direccionado a Falcão, com subidas regulares dos laterais e tabelas interiores entre Diego e os avançados colchoneros.

Lances Chave
As bolas paradas e a transição defesa ataque com passes em profundidade são para mim os lances chave deste jogo.

Figuras: Fernando Llorente e Radamel Falcão
Havendo jogadores de grande qualidade como Diego, Adrían, Muniain ou J.Martinez, na minha opinião as grandes figuras são mesmo os avançados de ambas as equipas.

Arbitro
Wolfgang Stark, alemão de 42 anos será o árbitro do jogo. Este bancário de profissão terá pela frente o grande desafio de mostrar ao mundo futebolístico a sua duvidosa qualidade como categoria internacional. Em 2011 foi considerado pelos jogadores da bundesliga o pior árbitro da primeira volta, sendo nesse mesmo ano, o responsável pela célebre expressão de Mourinho, “porqué?”. Isto porque foi o árbitro que expulsou Pepe por entrada perigosa a D.Alves, no jogo das meias finas da liga dos campeões contra o Barcelona. Este ano já arbitrou equipas portuguesas, Man City-Porto e Sporting-Metalist com actuações regulares.

Prognóstico percentual: Vantagem mínima para o Atlético de Madrid
Vantagem mínima para os colchoneros, pela história, pelas estatísticas e pela posição na tabela classificativa do campeonato espanhol. A nível de qualidade futebolística, esta época já vi grandes jogos de ambas as equipas, e se jogarem ao seu máximo nível, diria que as probabilidades estariam empatadas.

Atl. Madrid vencedor: 52%
Ath. Bilbao vencedor: 48%

Curiosidades:
A nível de campeonatos espanhóis, as duas equipas estão separadas por apenas um título, Atl. Madrid com 9 e os bascos com 8.
Quanto a competições internacionais, ganha vantagem a equipa colchonera. A equipa basca chegou apenas por uma ocasião a uma final europeia, perdendo-a contra a Juventus de Dino Zoff em 76-77.

Em outros tempos, o Atlético de Madrid era uma filial da equipa basca, e ambos jogaram inicialmente com camisola azul e branca, visto que os representantes bascos tinham por hábito viajar a Inglaterra para comprar 50 camisolas do Blackburn Rovers e quando chegavam distribuíam pela equipa principal e filial de Madrid. Resulta que numa dessas viagens, as camisolas do Blackburn estavam esgotadas e tiveram que comprar as do Southampton que casualmente, vestia camisola branca com riscas vermelhas. A partir desse momento Ath. Bilbao e Atl. Madrid vestem de vermelho e branco, sendo a única diferença, a cor dos calções, os madrilenos mantiveram os calções azuis e os bascos adoptaram os negros tal e qual o Southampton.