sexta-feira, 27 de abril de 2012

Saída de Pep Guardiola: A minha opinião

Josep Guardiola comunicou hoje, que deixará o comando técnico do Barcelona no final desta época.
O Presidente do Barcelona Sandro Rosell, agradeceu a colaboração e entrega do treinador catalão e assumiu que pretende continuar com a mesma filosofia e idealismo, reforçando assim a continuidade de um ciclo glorioso do futebol blaugrana.

Fim de ciclo Pep Guardiola
Em relação a este tema, sinceramente já li de tudo, muitos rumores, muitas histórias que se parecem a novelas, comunicação falsa e errónea que pode induzir os amantes do futebol a pensamentos injustos para com uma estrela do futebol mundial.
Evito escrever sobre estas barbaridades, não querendo de todo, "poluir" os meus leitores que tanto estimo, escrevo a minha opinião sobre a saída de Pep, pelo amor que tenho pelo futebol e pelo respeito por grandes Personalidades e Estrelas que perdurarão na história do desporto Rei. Isso sim, dá força para varrer e passar por cima de “jornalistas” ou “cronistas” facciosos que têm apenas o objectivo de destruir e vender ideias aos mais inocentes e desatentos.

As razões da saída são simples, cansaço, falta de motivação e consciência que chega ao fim o seu ciclo á frente da equipa. Pretende descansar, sair do palco e dar algum tempo á sua família. Apenas não fica claro até quando.
Na minha opinião, o técnico catalão escolheu o "timing" certo para abandonar a equipa, onde deixa uma herança de 4 anos recheados de títulos e momentos únicos.

Pep Guardiola, tem em todo o seu palmarés de jogador, reforço, de jogador, uma medalha de ouro olímpica, uma champions league, uma taça das taças, duas supertaças europeias, seis ligas espanholas, duas taças do Rei e quatro supertaças de Espanha. Impressionante!. 17 títulos oficiais em 10 anos como jogador do Barcelona.

Como se isso não lhe bastasse, decidiu encarar o difícil caminho de treinador de futebol, assumindo o cargo de treinador principal da equipa catalã na época de 2008 até ao final da presente temporada. E vejamos o que conseguiu em apenas 4 anos: dois campeonatos do mundo de clubes, duas champions league, duas supertaças europeias, três ligas, uma taça do Rei (que podem ser duas) e três supertaças de Espanha. Ainda mais impressionante!. 13 títulos oficiais em 4 anos, sendo o primeiro ano 08/09, o ano do famoso “triplete”, nada mau para um estreante. 

Desculpem tantos dados históricos, mas gostava que dessem realmente valor a um astro deste desporto e ao criador do “Tiqui-taca”, um estilo de jogo que se caracteriza por manter a posse de bola, circulando-a durante todo o jogo, evitando que a equipa contrária crie ocasiões de golo. Por outro lado, leva o adversário a um desgaste físico brutal.

Seria para mim um prazer analisar estes quatro anos de Guardiola no Barcelona, mas seria obrigado a escrever bastante, e esta mera opinião, tornaria-se em algo mais técnico e mais longo. Para isso, prometo para breve uma análise aprofundada aos 4 anos do técnico catalão no Barça.

Para já, fica o nome do seu substituto, o seu actual treinador adjunto Francesc “Tito” Vilanova. Para mim um dos cérebros do “tiqui-taca”, e coincidência ou não, na derrota contra o Getafe por 1-0, em que o Barcelona não conseguiu impor o seu jogo, Tito não se encontrava no banco por motivos de saúde, o seu regresso ao banco foi no dia 10 contra o Real Madrid no Bernabeu, jogo que venceram os catalães por 1-3.

Não penso que esta saída crie grandes conflitos no grupo, ou alterações táticas, penso que se o Barcelona se reforçar com 3 jogadores chave, poderá continuar a liderar o pódio de melhor equipa do Mundo. Quanto ás 3 contratações chave, deixo 3 sugestões para Vilanova, Javi Martinez, Jordi Alba e acelerar a vinda de Neymar.

Estaremos atentos ao semi-novo Barcelona, comandado por “Tito” Vilanova.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Athletic Bilbao - Sporting: A minha previsão

Na passada semana, assistimos a um grande jogo de futebol, em todos os sentidos. No jogo de Alvalade, entre Sporting e A. Bilbao, não faltaram ingredientes que nós amantes de futebol, agradecemos. Jogo intenso, rápido, com várias ocasiões de golo, com atitude, qualidade e sobretudo muito fair-play.
Os portugueses viajam a Bilbao em vantagem na eliminatória, uma vantagem mínima e perigosa, que sugere aos de Sá Pinto marcar em San Mamés.

As estatísticas falam por si, e se por um lado favorecem os lisboetas, por outro prejudicam, deixando muitas dúvidas em relação ao resultado de hoje. Senão vejamos!...O Athletic Bilbao é a equipa com mais golos sofridos (19 golos) na liga Europa, e dos 7 jogos disputados em sua casa sofreu 6 golos, por outro lado, ninguém conseguiu vencer em San Mamés nesta edição da Liga Europa. Outro factor negativo é o facto de o A. Bilbao ter vencido em sua casa os 3 últimos confrontos com equipas portuguesas.

Atitude Sá Pinto
O técnico leonino, assumiu o cargo de treinador principal, após a jornada 18 da liga zon sagres. A derrota frente ao Marítimo por 2-0, afastou Domingos Paciência do cargo de treinador leonino, entrando o “místico” Ricardo Sá Pinto.
Está claro que algo mudou, principalmente na atitude dos jogadores e nas substituições durante os 90 minutos, geralmente alterações ofensivas incutindo na equipa um espirito de vitória.

O jogo de hoje não será excepção, espera-se isso mesmo, um jogo á Sporting, um Sporting personalizado e com atitude, num jogo carregado de emoções fortes. 

Na táctica não haverá surpresas, um 4-2-3-1, com a defesa composta por J. Pereira, A. Polga, Xandão e Ínsua, bem reforçado no meio campo com um Carriço bem activo no apoio á defesa e o holandês Schaars responsável pela ligação defesa ataque.
No meio campo ofensivo, com a ausência de Izmailov, abre-se uma vaga para o recuperado Matias Fernández. Com a entrada do chileno, os de Alvalade ganham principalmente na execução de bolas paradas, para mim um dos aspectos mais negativos no último jogo em Alvalade. André Martins, que deverá ser titular, não esteve tão bem na execução de bolas paradas como nos habitua Matias, neste sentido o Sporting sem dúvida ganhará qualidade. De ressaltar, que foi o único aspecto negativo deste jogador de Santa Maria da Feira, que na minha opinião foi dos melhores jogadores da 1ª mão.
Por fim, as duas grandes figuras deste Sporting, D. Capel e R. van Wolfswinkel, dois jogadores com enorme potencial, que poderão fazer a diferença em San Mamés.
  
A classe de Bielsa
Um fenómeno do futebol, dentro e fora de campo, sempre nos habituou a um futebol de grande nível aberto nas alas e bem apoiado.
Hoje, é obrigado a mexer no seu onze de gala, sai o castigado De Marcos, o 10 da equipa, o cérebro mas não o desequilibrante, e por outro lado entra J. Martinez, um dos melhores jogadores da liga espanhola, médio defensivo adaptado a defesa central, com excelente condução de bola, bom jogo aéreo e muita atitude.

A nível táctico, Bielsa deve alternar durante o jogo de um 4-2-3-1 para um, 4-3-3, sendo a defesa composta por Iraola, Amorebieta, J. Martinez e Aurtenetxe, apoiados por Iturraspes e Ander Herrera. No meio campo ofensivo, jogará Muniain como médio interior de apoio aos 3 atacantes, Susaeta, Ibai Gomez e a figura da equipa F. Llorente. De preocupar será a transição e a mobilidade do jovem jogador Muniain que certamente cairá para o lado de João Pereira, no sentido de desequilibrar o lado esquerdo leonino e não deixar subir o lateral direito do Sporting. Muita preocupação também para os médios defensivos leoninos,  isto porque, haverá mais mobilidade no meio campo e exigirá um grande esforço físico durante os 90 minutos.

Lances Chave
Nestas duas equipas, a velocidade de transição defesa ataque é a grande arma, com passes profundos a rasgar a defesa. Aposto igualmente em lances de bola parada, desta vez para ambas as equipas, visto que o Sporting pode surpreender com o regresso do marcador de serviço, Matias.

Figuras: Llorente e Capel
Para além destes dois jogadores, Wolfswinkel e Muniain poderão ser a chave da eliminatória.

Árbitro
Martin Atkinson, inglês de 41 anos e árbitro de profissão, não se pode deixe influenciar pelo inferno de San Mamés e esperemos que cumpra o seu dever como árbitro de categoria internacional.

Curiosidade
A última vez que se encontraram na ainda taça UEFA (1985), os portugueses levaram a melhor sobre os espanhois conseguindo dar a volta a um resultado menos favorável de 2-1 na 1ª mão em San Mamés. O Sporting passou a eliminatória com um claro 3-0 em Alvalade, golos de M. Fernandes, Meade e Sousa.

Prognóstico Percentual: 
Ambas as equipas eliminaram grandes colossos do futebol, ambas equipas estão bem animicamente e ambas se encaixam taticamente. Considero uma eliminatória muito equilibrada em que o factor casa, tal como em Alvalade, poderá ser a chave da eliminatória.

Passagem a Bucareste:
A. Bilbao: 52%
Sporting: 48%

terça-feira, 24 de abril de 2012

Barcelona - Chelsea: A minha previsão


Chegou o momento da equipa catalã mostrar ao mundo do futebol que o tão falado fim de ciclo está longe de aparecer.
Após o duro golpe do passado sábado, a equipa de Guardiola terá pela frente um Chelsea moralizado, experiente e sobretudo em vantagem na eliminatória.

Com todos estes atributos poderíamos assumir que a equipa londrina é favorita na eliminatória, o problema é quando começamos a analisar o adversário, senão vejamos!...O Barcelona de Pep Guardiola, não perdia dois jogos seguidos há 3 anos (Maiorca e Osasuna na temporada 09-10) e nunca perdeu 3 jogos seguidos.  Os culés são a equipa mais goleadora da liga dos campeões com 33 golos, Messi é o melhor marcador da competição com 14 golos e tem uma média de 1,4 golos por jogo. O astro argentino é nos últimos três meses responsável por 55% dos golos da equipa de Guardiola, e como já não marca desde o jogo com o Levante, é bem provável que hoje faça o gosto ao pé.

Antes do clássico eu escrevi que o Barça de Pep, não falha em jogos decisivos, pois faltou-me acrescentar um senão, o pretenso mau clima no balneário blaugrana e as consequentes decisões no onze titular.

Chelsea rápido em transição

É verdade que o Chelsea de Di Matteo tem melhorado bastante, mas não garante uma equipa capaz de entrar em Camp Nou com atitude e concentração durante os 90 minutos.
A tática não será surpresa, linhas recuadas, sectores fechados e muito apoiados, jogando sempre no erro do adversário e tentando sair rápido em contra-ataque. Penso que o grande desafio será aguentar a pressão inicial e marcar um golo em Camp Nou.

Quanto ao onze, não se prevê grandes novidades, A.Cole, J. Terry, G. Cahill, Ivanovic, R.Meireles, Lampard, Obi Mikel, Ramires, Mata e Drogba.

Muitos analisam a ausência de David Luís como algo negativo, eu não sou dessa opinião, para mim o inglês Gary Cahill não fica nada atrás do defesa brasileiro, sendo a meu ver o jogador perfeito para jogar com as linhas recuadas.

Jogará certamente num 4-4-1-1.

Jogo do tudo ou nada e exame para Pep Guardiola.
Espera-se um Barcelona com atitude e orgulho ferido, com ideias e soluções, espera-se um Barça forte no 1 para 1 e rápido nas costas do adversário. Prevejo um Barcelona muito pressionante com vontade de marcar cedo e decidir rápido a eliminatória.

Quanto ao onze, tenho algumas dúvidas no terceiro sector, quem jogará nas alas?...eu aposto por um 3-4-3 com alas bem abertos, tal como jogou contra o Real Madrid, mas desta vez com jogadores mais fortes no 1 para 1 e menos jogadores criativos na zona central. Adivinha-se uma defesa composta por Puyol, Piqué e Macherano, um meio campo povoado pelo “pronto-socorro” Busquets, pelos criativos, Iniesta e Xavi e um D. Alves bastante activo no flanco direito apoiando a defesa e o ataque blaugrana. Na frente, Fabregas, Messi e Alexis bem abertos nas alas.

Este seria o considerado, onze de gala, mas vejamos se Guardiola nos volta a surpreender.

Figuras: L. Messi e Drogba
Para além destes dois fenómenos, do lado da equipa londrina espera-se um grande Petr Cech e um Ramires bastante activo e veloz na transição defesa ataque. Do lado catalão, Fabregas e Alexis Sanchez poderão resolver aparecendo rápido nas costas da defesa do Chelsea.
  
Lances Chave:
Transição rápida defesa ataque e desmarcações nas costas da defesa londrina.

Árbitro
Cüneyt Çakir, turco de 35 anos, nascido em Istambul. Agente de seguros de profissão, arbitrou recentemente o F.C. Porto 1-2 Manchester City. Conhecido como árbitro de categoria internacional, terá hoje um grande desafio num jogo que se prevê difícil.

Curiosidade:
É uma pena não ver o regresso a casa de um jogador que promete vir a ser um fenómeno, Oriol Romeu de 20 anos foi um pedido de Vilas Boas a Abramovich e ainda não se conseguiu impor na equipa londrina. Para quem não se lembra de o ver, foi um dos melhores da selecção espanhola no último Mundial de Sub-20.

Prognóstico Percentual da eliminatória: Vantagem para o Barcelona
Depois de analisar a fundo as duas equipas, na minha opinião a eliminatória tende para o lado catalão.

Barcelona – 55%
Chelsea – 45%

domingo, 22 de abril de 2012

Barcelona 1-2 Real Madrid: A minha crónica


Na minha opinião, foi o pior clássico dos seis disputados esta época. A vitória do Real Madrid é indiscutivelmente justa, mas os três pontos conquistados em Camp Nou dão a sensação que foram conquistados, não pelo que fez, mas sim pelo que o Barcelona não fez. 
Os merengues saem de Barcelona com uma vantagem de 7 pontos a 4 jogos do final da liga espanhola, na minha opinião, só um cataclismo afastaria o Real Madrid de campeão da liga.

Onze Inicial

Barcelona: V.Valdez, Puyol, Macherano, Adriano (Pedro 73’),D. Alves, S. Busquets, Thiago, Xavi (A. Sanchez 68’), Iniesta, Messi e Tello (Fabregas 80’)

R. Madrid: I. Casillas, Arbeloa, Coentrão, S. Ramos, Pepe, X. Alonso, Khedira, Ozil (Callejon 88’), C. Ronaldo, Benzema (Higuain 90’), Di Maria (Granero 73’)


Guardiola é humano, e portanto, erra!
Num jogo em que se esperava um Barça com garra, velocidade e atitude, tudo começa a deixar de fazer sentido na hora da divulgação do onze inicial. Logicamente, que após a derrota é fácil criticar, mas para um entendido de futebol, a tática apresentada pelo técnico blaugrana deixou muitas dúvidas em quanto à colocação dos jogadores.
As grandes surpresas do onze foram Tello e Thiago…Porquê? Inicialmente a entrada de Tello seria para substituir o "tocado" Alexis, mas tudo indicava que fosse Pedro ou até mesmo Cuenca a assumir a titularidade. A inclusão de um ala rápido percebe-se e tinha como objectivo abrir o jogo a meio campo, criando assim mais espaço para que Thiago ou o mais provável titular Fabregas, ajudasse a assumir a distribuição de jogo juntamente com Xavi. Com Tello aberto na ala, obrigaria um dos médios defensivos ou até mesmo um dos centrais do R. Madrid a compensar o 1 para 1 deixando mais espaço para os distribuidores de jogo culés ou para a entrada de Messi em velocidade.

Na minha opinião, passou-se exatamente o contrário, o Barça de um suposto 4-3-3 inicial apresenta um 3-4-3, recuando Iniesta para o meio campo e subindo D. Alves para extremo direito, deixando Puyol com Ronaldo, Adriano com Di Maria e Macherano com Benzema. Tudo parece fazer sentido, até observar um erro crasso, com a quantidade de médios criativos ocupando a zona central, Messi fica sem espaço de manobra, completamente esmagado contra a defesa do Real Madrid. Isto não seria um problema, se!...o Real jogasse com a defesa ligeiramente afastada da primeira linha de meio campo (X.Alonso, Khedira), ou tanto Tello como D. Alves fizessem a diferença no 1 para 1, coisa que não aconteceu.
Conclusão, Messi completamente abafado, Tello a demonstrar algum nervosismo na hora de finalizar, Dani Alves sem ideias contra um Fábio cumpridor, Thiago e Xavi sem espaço a perder muitas bolas no meio campo e um Iniesta sem posição definida dentro de campo.


Mourinho e o jogo psicológico
Para os menos atentos, este foi exatamente o mesmo onze de Munique, leva a crer que o jogo da passada terça-feira foi um ensaio para o jogo contra o Barcelona. Na minha opinião a única diferença entre o resultado deste jogo e do anterior, foi a atitude do adversário e a marcha no marcador.
Não vi grande diferença no comportamento tático da equipa, vi sim, um Real Madrid muito bem trabalhado psicologicamente durante os 90 minutos, pese como dizia antes, a má exibição do Barcelona.  
As substituições foram chave no equilíbrio do esforço merengue, não sendo necessário equilibrar o lado esquerdo introduzindo Marcelo em jogo, tal como em Munique, mas sim refrescar sem mexer tacticamente. A entrada de Granero desta vez resultou, e resultou porque o jogo estava a um ritmo baixo e nesse ritmo sentiu-se como um “pirata” em águas desconhecidas.
Já previa que este fosse o jogo ideal para o Coentrão fazer as pazes com os madridistas, não por fazer uma exibição de encher o olho, mas sim por cumprir e por secar um Dani Alves muito desapoiado. Leva uma pontuação positiva que lhe permite encarar o Bernabeu de uma maneira merecida.


História do jogo
Jogo dominado pelo Barcelona como seria de esperar (73% posse de bola), mas sem criar as mesmas oportunidades de golo a que nos habitua em Camp Nou. Um Real Madrid sem medo, com um futebol directo, mas longe de ser o seu melhor.
O início do jogo começa com a surpresa tática apresentada por Guardiola e consequente serie de bolas perdidas num meio campo que durante a primeira parte nunca se encontrou. O Real Madrid aproveitou um lance de bola parada para chegar ao primeiro golo (min. 17), lance polémico visto que Khedira está em posição legal por distância milimétrica. A partir do golo, assistimos a um Barcelona ansioso, sem grandes soluções, tendo mesmo assim uma excelente oportunidade de golo desperdiçada, pelo “ausente” camisola 6, Xavi.
No início da segunda parte, esperávamos ver um ajuste na tática de Guardiola, coisa que só aconteceu no minuto 67 com a entrada de Alexis para o lugar de Xavi. Três minutos mais tarde surge o golo do Barcelona (min. 70), marcado pelo recém-entrado, Alexis Sanchez. Tudo parecia encarrilhado para uma recuperação á Barça, mas C. Ronaldo ao minuto 73, decide “acalmar” os adeptos culés num lance rápido de contra-ataque com um passe genial do alemão Ozil. O actual pichichi da liga espanhola, cara a cara com Valdez não perdoa e responde aos madridistas resolvendo finalmente um jogo frente ao eterno rival.
Até ao apito do árbitro assistimos a poucas ocasiões de golo, sendo a mais escandalosa a de CR7 na boca da baliza depois de um grande passe de Higuain.
Em conclusão, um jogo fechado, com um onze inicial de Guardiola sem ideias e demasiado povoado num meio campo merengue que cumpriu e se redimiu do deslize de Munique.

Árbitro
Alberto Undiano Mallenco, teve uma prestação séria, não se deixando influenciar pelos quase 87 mil espectadores.
Avaliação: 8 / 10


Jogadores em destaque
Cristiano Ronaldo, foi considerado o homem do jogo pelo que produziu, criou e resolveu. Marcou o segundo e decisivo golo na vitória do seu clube.
Do lado do Barcelona, Messi mesmo “desaparecido”, foi na minha opinião o jogador mais influente dos culés e grande responsável pelo empate, passando por meia equipa merengue. Mesmo desaparecido, Messi está em todas as desmarcações chave, uma delas deixando Xavi cara a cara com Iker Casillas que falha o alvo por centímetros.
Uma palavra também para o capitão merengue Iker Casillas, o guarda-redes teve um papel importantíssimo ao fazer defesas chave em momentos difíceis do jogo.


Lances chave
Como previsto, lances de bola parada e desmarcações nas costas da defesa fizeram a diferença.

Curiosidade
Os jogadores do Real Madrid foram recebidos por centenas de adeptos no aeroporto de Barajas por volta das 2h da manhã. Milhares rumaram também á fonte Cibeles em Madrid, local de culto para festejar as vitórias do Real Madrid. Os cânticos mais ouvidos foram destinados ao técnico português e ao madeirense, ouviu-se também o célebre “Campeones, Campeones”.
Parece que o título está entregue embora matematicamente faltem 6 pontos em 12 possíveis. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Barcelona - Real Madrid: A minha previsão



A cada ano que passa sinto que este clássico ganha mais força, mais sentido, mais intensidade e sobretudo, mais qualidade.

Este sábado em Barcelona joga-se o campeonato 2011-2012 da liga espanhola de futebol. Ambos os clubes chegam ao clássico feridos, após as derrotas sofridas durante a semana, em jogos completamente distintos. Chelsea-Barcelona, jogo de um único sentido em que para muitos foi mero azar, para outros, uma excelente prestação do guarda-redes Petr Cech e sua defesa. Bayern-Real Madrid, tal como publiquei antes, um jogo bastante equilibrado com ascendente da equipa bávara.
Assim sendo, o Barcelona terá a oportunidade de demonstrar que este deslize foi um mero acidente e que sábado tudo voltará ao normal com uma vitória convincente. 
Do lado do Real Madrid, o empate serve, caso vença, acaba com um ciclo de derrotas frente ao Barça, e na minha opinião, poderá considerar-se o novo campeão da liga espanhola.

Mourinho e o dilema:
Ansiosamente esperamos pelo onze escolhido por Mourinho, que nestes jogos em particular, apresenta surpresas e opções das quais a maioria dos madridistas discorda. O técnico português tem á disposição todo o plantel, e uma das surpresas poderá ser Lass Diarra para o lugar de Khedira. O médio alemão, foi dos piores em campo no ultimo jogo, absolutamente sem ritmo, contra um meio campo bávaro, forte e veloz. Penso que Mourinho o quererá poupar num jogo com bastante desgaste para os médios merengues. Lass, que por sua vez já não joga há 8 jogos, poderá desta forma mostrar o seu valor e colocar-se no mercado para a próxima época. A outra surpresa, poderá ser uma vez mais Fábio Coentrão, tem aqui a hipótese de fazer as pazes com os madridistas, isto porque não joga em casa, parece contradição mas é pura realidade, Coentrão jogará bastante mais tranquilo em Nou Camp que no Santiago Bernabéu. 


Higuain ou Benzema?...Benzema vem de uma grande exibição frente á suposta defesa lenta do Bayern, parece ser a opção mais viável.
Ozil ou Kaká?...Aqui Mourinho jogará com a motivação dos jogadores e ambos jogarão em Barcelona, um na primeira parte e outro na segunda, está visto que tanto Ozil como Kaká não aguentam os 90” tendo que constantemente apoiar o meio campo defensivo.
Nos restantes 7, penso que não haverá surpresas. Casillas, Arbeloa, Pepe, Sérgio Ramos, X. Alonso, C. Ronaldo, Di Maria.
A táctica será a de sempre, 4-2-3-1.

Guardiola e o impossível onze de gala:
É certo que Guardiola já tem um plantel mais completo, com a recuperação de Afellay e Keita, mas mesmo assim, vai sentindo a falta do quase recuperado David Villa, responsável por um terço dos golos da época transacta. 
O técnico blaugrana apresentará o seu onze possível, com a grande dúvida no sector defensivo, Piqué ou Macherano?...Tudo aponta que jogue Macherano, um jogador mais rápido e com um estilo de jogo mais ofensivo. Para o lado esquerdo, Adriano é o grande candidato, se bem que o técnico catalão já apostou várias vezes em Puyol como lateral , podendo assim introduzir Piqué no centro da defesa.
Alexis também é dúvida para o clássico, saiu de Londres a coxear e ao que parece não participou na sessão de treinos de hoje.
Nas restantes posições, não haverá grandes mudanças ou surpresas, Puyol, D.Alves, Busquets, Xavi, Fabregas, Messi e Iniesta.


O Barcelona começará num 4-3-3, mas é bem provável que durante o jogo, Guardiola mude para uma estrutura de apenas 3 defesas fazendo subir Alves e introduzindo no jogo um outro ala rápido, Cuenca será a opção mais provável.

Figuras: Messi e Ronaldo
Estes dois colossos do futebol mundial têm uma média bem acima de 1 golo por jogo, é muito provável que façam o gosto ao pé depois de um jogo em branco.

Lances Chave: Bolas paradas e jogar bem em fora de jogo
Dois tipos de lances chave que vão com certeza decidir o jogo, ambos são fortes na entrada pelas costas da defesa e ambos são fortes em jogo aéreo.

Curiosidades: Ambiente Fantástico
O Camp Nou, receberá a equipa culé com um mosaico absolutamente fantástico “Som i serem” ('Somos e seremos'). 
Jogo de emoções fortes, os culés sabem que a vitória deixa o Barça apenas a 1 ponto do Real Madrid, tendo os merengues um calendário bem mais complicado. 
Caso ganhe o Barça, recupera 9 pontos em apenas 1 mês e meio.

Prognóstico Percentual: Vantagem para o Barcelona
Num jogo de final de época em que o Barcelona tem a obrigação de ganhar, prevejo um jogo difícil para o Real Madrid. A história recente assim o diz, mas clássico é clássico, e  num jogo como este, as previsões são meras opiniões.


Vitória do Barcelona - 55% 
Vitória do Real Madrid - 20%
Empate - 25%



Bayern Munique 2 -1 Real Madrid: A minha Crónica

Bayern Munique 2 – 1 Real Madrid (17/04/12)
Assistiu-se ontem na imponente Arena Allianz em Munique, a um grande espectáculo de futebol digno de um verdadeiro clássico europeu. Os alemães empurrados por 62500 espectadores conseguiram uma vitória por 2-1 num jogo entusiasmante e com um ligeiro ascendente da equipa Bávara. O jogo esteve empatado 1-1 até ao minuto 90, momento em que o capitão Lahm rasgou a defesa merengue e cruzou ao primeiro poste para Mário Gomez, o “tanque alemão”, empurrar para o fundo das redes de Iker Casillas. Assim sendo, a equipa de Munique viaja para Madrid com um resultado vantajoso mas de nada decisivo, isto porque, basta apenas um golo aos de Mourinho para chegar á tão desejada final da liga dos campeões.

11 Inicial e substituições

Bayern Munique

Neuer
Jérôme Boateng
Philipp Lahm
Holger Badstuber
Franck Ribéry
Arjen Robben
David Alaba
Luiz Gustavo
B. Schweinsteiger (61” Thomas Muller)
Toni Kroos
Mario Gómez


Real Madrid

Iker Casillas
Pepe 
Sergio Ramos
Fábio Coentrão
Álvaro Arbeloa
Sami Khedira
Mesut Özil (69” Marcelo)
Xabi Alonso
Cristiano Ronaldo
Karim Benzema (84” Higuaín)
Ángel Di María (80” Granero) 


História do jogo
O Bayern Munique vestiu o seu onze de gala 4-2-3-1 com um meio campo bastante combativo empurrando como é sua característica a responsabilidade criativa para os dois alas da equipa, Ribery e Robben. Por sua vez, Mourinho decidiu colocar em campo um onze que lhe garantisse sair rápido em contra-ataque, e ao mesmo tempo estancasse os dois criativos do Bayern, para isso utilizou o seu habitual 4-2-3-1 com Fábio Coentrão a defesa esquerdo.
O jogo começou com um ligeiro ascendente do Real Madrid até ao minuto 16”, momento em Kroos bate um canto e Ribery após um erro da defesa madridista, e alguma confusão na área faz o primeiro golo. A partir desse momento tudo mudou, tranquilidade para a equipa bávara e ansiedade para a equipa merengue, que pouco a pouco foi perdendo o controlo do meio campo, muito devido ao fantástico jogo de Luiz Gustavo, principalmente na tarefa de recuperador de bolas. Até ao intervalo assistimos a um jogo bastante equilibrado, com algumas ocasiões de golo para Benzema e Mário Gomez, e pontualmente uns remates do apagado Cristiano Ronaldo.

A segunda parte começou com domínio do Real e golo de Mezut Ozil (min 7 da segunda parte), os jogadores fizeram a vontade ao “Special One” e após uma jogada brilhante de Benzema, CR7 centra em esforço para o pé de Ozil que teve apenas que encostar. A jogada do golo provém do clássico contra-ataque merengue, um passe do outro mundo de Xabi Alonso para Benzema, e o francês num passe a rasgar a defesa bávara isola CR7 que não consegue bater Neuer, na insistência Benzema faz um centro-remate para Ronaldo que assiste Ozil para empurrar para o fundo das redes.
Depois do golo Merengue, assistimos a uma escalada de força e ambição da equipa alemã sempre muito apoiada na Arena Allianz. Heynckes é o primeiro a mexer na equipa, tirando do jogo Bastian Schweinsteiger um pouco apagado e ainda sem ritmo, fazendo entrar Thomas Muller, um jogador ofensivo e criativo para ajudar Robben y Ribery a criar espaços. A substituição resulta e sente-se a cada minuto um Real Madrid partido, defendendo com 7 jogadores perto da sua área deixando apenas CR7, Benzema e Di Maria na frente. Sente-se cada vez mais a pressão do Bayern e com o desgaste de Ozil, Mou decide trocar o alemão pelo brasileiro Marcelo, não só para reforçar a defesa como também para ajudar Coentrão (viu amarelo ao min 10 da segunda parte) na tarefa defensiva. A partir deste momento a defesa do Real Madrid perde total conexão com o ataque e sofre com um Bayern cada vez mais metido na área merengue. Mário Gomez perde algumas oportunidades de golo e Mourinho sente a necessidade de repor essa conexão, levando a jogo o “pirata” Granero. O jogador espanhol entra no minuto 33 da segunda parte, momento em que o jogo está num ritmo infernal. O jogador das escolas merengues não consegue entrar no jogo e sendo assim torna-se num defesa mais da equipa. A equipa espanhola sofre e Mou decide refrescar a pressão na frente trocando Benzema por “el pipita” Higuaín. Nada de novo, pressão do Bayern e no último minuto, Lahm rasga a defesa do Real Madrid, aproveitando o desgaste físico de Coentrão e Khedira e centrando para o primeiro poste onde aparece Gomez a fazer o seu 12º golo nesta edição da liga dos campeões.


Jogadores em destaque
Grande prestação de todos os jogadores do Bayern, inclusive o teoricamente mais fraco Alaba. De destacar, Luiz Gustavo, o ex-Hoffenheim mostrou uma vez mais que tem lugar na selecção canarinha, grande jogo do médio, principalmente na recuperação de bolas e inteligente distribuição de jogo. Com um Robben apagado, assistimos a um Frank Ribery ao seu máximo nível, complicou e de que maneira a vida a Arbeloa, obrigando Pepe a dobrar constantemente o lateral espanhol.
Do lado do Real Madrid, de salientar as grandes exibições de Pepe e S. Ramos, os grandes responsáveis por apenas terem sofrido 2 golos em Munique. No ataque merengue, destaco Benzema, sempre muito activo, esforçou-se, criou espaços e esteve perto de marcar. O golo de Ozil provém de uma jogada fantástica do francês, sendo na minha opinião o melhor da linha ofensiva.

Chave do jogo
Meio campo do Bayern de Munique e um Super Ribery.

Arbitro
Uma prestação razoável do Inglês que erra em não expulsar Marcelo no último minuto de jogo, após entrada dura sem bola sobre Muller.

Prognóstico percentual da eliminatória
Real Madrid 55% - 45% Bayern Munique

Curiosidade
- “Assalto” ao balneário do Real Madrid antes do jogo, resultado, desapareceram seis pares de botas (3 delas de CR7) e camisolas. Um momento vergonhoso no estádio que receberá a final da mais prestigiada competição de clubes da UEFA.